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‘All Eyez On Me’, o biopic do Tupac, é uma comédia acidental

O longa não tem nada de brilhante, e justamente por isso pode ganhar o status de cult.

Artigo originalmente publicado no Noisey US .

Qual foi a última vez que você abandonou um filme pela metade? Caiu fora mesmo, balde de pipoca na mão, obrigando todo mundo a se apertar na poltrona pra que você pudesse sair. Quando foi a última vez que você decidiu que mesmo com o ingresso caríssimo e o tempo ali perdido olhando pra tela era melhor ter ido ver o filme do Pelé?

Eu não sou o tipo de pessoa que larga uma sessão de cinema pela metade, por pior que o filme seja, simplesmente porque quero poder falar mal da coisa como um todo depois. A última vez que fiz isso foi em meados dos anos 2000, quando Brad Pitt, Orlando Bloom e mais um monte de atores que deveriam sentir vergonha até hoje estrelaram Tróia. Acredito ter aguentado 20 minutos naquele cinema meio cagado antes pegar minha bolsa breguíssima de veludo cotelê e dar no pé.

Durante uma das sessões prévias de All Eyez On Me, filme biográfico de Tupac dirigido por Benny Boom, quase corri pra saída umas três vezes. Uma delas, quando uma cena de show se estendeu por bem mais do que deveria, clamando por uma boa edição. A outra, numa cena em uma casa noturna que se atinha tanto a bundas que acabei rindo alto pra cacete. Já a terceira foi quando uma mulher foi retratada como mentirosa vingativa num caso de abuso sexual muito mais complexo do que o filme dá a entender, optando por mostrá-la sorrindo escrotamente enquanto o juiz dava a sentença no tribunal.

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