Capa do EP, arte por Fernando EguchiOs manos do Projetonave trampam pouquinho, viu. Enquanto você fica aí fuçando no Facebook, eles já ensaiaram com 18 MCs, gravaram 15 Manos e Minas e fizeram mais uns 267 beats. Só no mês passado, o Noisey mostrou dois trampos do Projetonave: um show cabuloso com o Síntese e um videoclipe com o GOG.Desta vez, os caras do ABC chegam pesado no EP Projetonave NYC, gravado com cinco MCs de Nova York. Ouça a parada com exclusividade aqui no Noisey:Além das quatro faixas pegadonas no golden era, os manos ainda botaram na nossa mão dois videoclipes. Sente o peso.“The Great Lagoon”, do Projetonave com o DeVonte Saints tem a direção de Anita Goes:“War”, com direção de L Burnz, traz além do Phes, as atuações de J Craft, L Burnz, Akilez, Eli Efi e Know:
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O trampo nasceu num encontro na gringa do Akilez com o Eli Efi, ex-integrante do DMN radicado nos Estados Unidos há uma década. Na mochila do Akilez tinha uma pá de bases gravadas em uma session para o Rubber Tracks Sample Library. No trampo do Eli Efi tinha uns moleques talentosos e dispostos a deitar as rimas naqueles beats – ele trabalha numa ONG chamada The Door, empenhada em ajudar jovens que estão em situação de rua, tretados com a família, entre outros perrengues e lá ele já tinha sacado alguns talentos. Aí sabe como é, né? Juntou a fome com a vontade de fazer um som.Akilez explica a caminhada. “Comecei a mostrar as bases que tinha levado pro Eli Efi e quando olhei pra trás já tinham uns caras rimando. Aí eu deixei fluir, sem pretensão de nada”. Ele conta. “Voltei mais vezes ao The Door e fui ficando íntimo dos caras de lá, alguns deles nunca tinham ido a um grande estúdio”. Akilez deu um jeito de levar a molecada pro estúdio do Rubber Tracks, no Brooklyn, e registrou os novinhos DeVonte Saints, Dice, Yung J e Herban Boi$$y. De quebra ainda rolou um som com o Phes, um veterano militante do Harlem.“É um registro das circunstâncias que foram colocadas pra nós, um processo natural que foi se montando sozinho. Feliz em poder deixar isso registrado para nós e para os mc´s que participaram, foi um encontro com o terceiro mundo dentro do primeiro. As realidades são parecidas aos quem não tem voz”, finaliza.
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