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Música

Álbum de Família: Chela Mostra suas Fotografias Antigas

A cantora, metade filipina, metade australiana, atualmente vive em Los Angeles, mas foi descoberta pelo selo parisiense superchique Kitsuné. Nossa, isso que é ser internacional.

Se você não ouviu falar da Chela, conheça-a agora. A cantora, metade filipina, metade australiana, atualmente vive em Los Angeles, mas foi descoberta pelo selo parisiense superchique Kitsuné. Nossa, isso que é ser internacional. Passamos muito tempo com “Romanticise” no repeat, embora tenha sido lançada um ano atrás. Ela fica na sua cabeça. Felizmente, as outras faixas dela também são assim, e o seu último lançamento, “Handful of Gold”, não é exceção. Chela domina a mágica de escrever melodias faiscantes, recheadas de sintetizadores, com uma queda pelos anos 80 e contornos delicados de melancolia, o que torna a música dela ainda mais envolvente e animadora.

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Na verdade, gostamos tanto da Chela que, para o nosso especial Live from the Streets: Bermuda Triangle, a mandamos para Porto Rico com o Mr. Green para criar uma faixa original inspirada pelos sons da ilha (veja o resultado aqui). Atualmente, Chela está na estrada com a turnê “Check Yo Ponytail” com The Presets, Le1f e Franki Chan.

Mas de volta à nossa tarefa de hoje: a Chela foi gentil o bastante para procurar os seus velhos álbuns de fotografia (e pedir ao pai dela que os escaneasse) para a nossa seção, Álbum de Família. Testemunhe a boa forma e a glória dos seus deslizes fashion na juventude.

Esta é uma sessão de fotos muito anos 90 de mim e da minha irmã que a minha mãe provavelmente mandou fazer num shopping. Nicole (minha irmã) claramente herdou os olhos orientais. Eu adoro o sorriso das crianças – como elas sorriem com vontade. E essas presilhas que parecem bolas de neve nas nossas cabeças são muito legais.

Esses são os meus pais lindos, à esquerda, e à direita estão os meus avós, que são tão próximos de mim quanto meus pais. Eles completam 70 anos de casados em janeiro! Minha irmã e eu estamos ali embaixo, parecendo meio atrevidas. Esta foto foi tirada no quintal da nossa casa, que ficava na entrada de um grande parque de caravanas na península, que era nosso e que administrávamos. Foi um tempo mágico, correndo por ali e fazendo amigos na comunidade do parque, todos tomavam conta uns dos outros. Lembro que chorei quando voltei e tinham demolido tudo para construir uma casa no estuário. Mandurah não é mais a mesma.

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Aqui, Nicole e eu estamos no mercado de Rockingham, perto da nossa casa de praia, provavelmente cantando "I Still Call Australia Home". Me pergunto o que todas essas vovozinhas brancas pensavam de duas eurasianas cantando uma canção australiana usando chapéus akubra! Ainda uso akubras, eles são básicos.

Esta foi uma das minhas primeiras apresentações solo – “Tutti Frutti”, com a qual saí vencedor na Competição de Dança de Kwinana, um evento anual empolgante. Participamos nele com a nossa companhia de dança, Footwoork, durante quase toda a minha infância. Não gostava de sorrir mostrando os dentes porque tinha os dentes muito para frente, o que foi consertado depois com uma placa.

À esquerda está a minha irmã, que estava passando por uma fase meio Matrix na época. Ela era meio durona e saía por aí com um sobretudo e calças de couro. Ao lado dela está a nossa prima Jess, com quem eu moro atualmente em Los Angeles. Ela saiu de Perth pouco depois disso para se tornar uma supermodelo, você pode ver porquê! E depois sou eu, provavelmente tirando comida dos dentes, e a mãe de Jess, tia Jenny. Sempre fizemos grandes jantares em família, e esta foi uma dessas ocasiões.

Anos depois a família se mudou para Melbourne, e eu formei uma banda chamada The Gingers com essas gatas quando tinha 16 anos. Nesta foto estamos em turnê em Brisbaine, no quintal de uma banda punk chamada The Disables, que nos deixava ficar na casa deles. Nellie, a menina de cabelo vermelho, tocava guitarra, e Etta, que está usando esta roupa bacana, tocava bateria. Uma das minhas memórias desta turnê é uma briga de verdade que tive com Nellie, que acabou com ela batendo na minha cara com uma fatia de pizza. Mas estamos numa boa agora.

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Aqui estamos nós outra vez, esperando o bonde em St. Kilda, que era o nosso lugar preferido. As garotas moravam perto, em Elwood, e eu passava a maior parte do tempo ali com elas. Estamos comendo marmitas do Balas, um restaurante de comida tailandesa e indiana que ainda vale a pena para quem busca algo saudável por ali! Essa foi a primeira vez que pintei o cabelo de laranja, as meninas eram naturalmente ruivas (tenho uma obsessão doentia por ruivas) e costumávamos pintar o cabelo umas das outras porque não tínhamos dinheiro para ir ao salão de beleza. Mas fazíamos um bom trabalho!

Ruivas, por isso o nome The Gingers. Aqui estamos em turnê, em Wollongong, depois de fazer tatuagens iguais em Brisbaine. Ainda bem que ainda somos melhores amigas. ;)

Esta foto foi tirada por Matt ‘Moustachio’ Solomon, com produção da Etta. Me usaram como modelo, possivelmente porque não via problema em quebrar um ovo cru dentro da minha boca. Não tentem fazer isto em casa, crianças!

Este foi um dos últimos shows das Gingers. Abrimos para a Juliette Lewis and The Licks em Melbourne, e me lembro de ficar muito emocionada quando a Juliette, com uma toalha enrolada na cabeça, me deu um abraço nos bastidores e disse que adorou o nosso show. Momento de fã!

O Halloween é uma das minhas épocas preferidas do ano porque posso expressar meu eu interior sem vergonha nenhuma. Acho que o Luke Benge, vulgo Rohypnotise (confira as faixas geniais dele, por favor), também se sente assim. Esta foto depois inspirou uma cineasta, Mizuho Endo, a me chamar para interpretar um garoto de 16 anos no curta-metragem dela.

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Foto: Mizuho Endo

Foto: Aubrey Devin

Em termos de estilo – nossa, é sempre difícil para mim responder isso – ultimamente, tenho valorizado mais o conforto, adoro andar por aí usando roupas bem folgadas, como o meu macacão da Mamadoux e a minha camisa havaiana masculina extra grande da promoção da Jet Rag, que me custou US$ 1, combinando com o meu tênis, um Puma Disc Blaze Lite. Adoro sentir como se estivesse me fantasiando todos os dias, como fazia quando era criança, então talvez eu me perca um pouco e saia de casa parecendo uma criança às vezes. Um “seguidor” crítico recentemente deixou um comentário dizendo que me visto como um garoto de nove anos (era um insulto). Infelizmente, ele não fazia ideia de que isso para mim era um elogio. É exatamente o que eu busco com o meu visual. As minhas maiores inspirações de moda são de Os Batutinhas.

Tradução: Fernanda Botta