Um passo a passo pra não errar no beijo grego
Ilustração por Luiza Formagin/VICE Brasil

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Sexo

Um passo a passo pra não errar no beijo grego

Vamos fazer a Rita Lobo e, de maneira prática, indicar os ingredientes necessários para executar o ato com perfeição.
LF
ilustração por Luiza Formagin

O sexo é um mar de infinitas possibilidades, mas alguns insistem em tomar sol sempre na mesma praia. Por isso, a ideia desse modesto tutorial é ajudar a quem precisa sair da zona de conforto. Vamos fazer a Rita Lobo e, de maneira prática, indicar os ingredientes necessários para executar com perfeição a melhor receita do cardápio da foda: o beijo grego. E, claro, a universalidade do orifício em questão faz com que ele sirva para todos os gêneros e sexualidades.

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As primeiras execuções do ato foram registradas na Grécia Antiga, dando origem ao nome peculiar (me choca não ser considerado uma modalidade olímpica). Também conhecido como cunete, anilíngua, rimming, etc, chupar um cu é algo simples e de fácil execução. Quando feito de maneira correta, pode proporcionar aos envolvidos sensações que vão muito além do que sentimos naquela trepadinha habitual.

1. ATITUDE

Eis a lista dos principais ingredientes para um beijo grego de sucesso: vontade, curiosidade e (o mais importante) atitude. Ninguém deveria pedir por um cunete. A situação deve fluir de maneira natural e, para isso, timidez e inibição estão proibidas. O autor da ação é quem toma a atitude e, de maneira sutil (ou não), faz o curso transitar do amasso para o ato em si. O cu a ser chupado deve estar limpo, o que não significa que se deva fazer uma chuca com Vaporeto. Para mim, por exemplo, é só não ter rolado um número dois no mesmo dia.

Dica: se você não gosta de rabo peludo ou tem a neura da limpeza, entenda: o beijo grego não é para você. Apenas pare por aqui.

2. CONHECENDO O TERRENO

Quem vê cara não vê cu, já dizia o ditado. Você precisa preparar o terreno e, ao mesmo tempo, entender se ele está ou não apto a ser explorado.

O ideal para iniciar um beijo grego é colocar a pessoa de bruços. Instale-se sobre ela e comece beijando a nuca, mordendo de leve a orelha e depois percorra as costas, bem devagar.

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As nádegas são as zonas de guerra; é o momento de descobrir se o cu em questão é flor que se cheire. Use os seus sentidos.

Olfato

Quando chegar perto da nádega, aproveite para sentir o cheiro, entenda se rolou um banho ou, na pior das situações, uma recente cagada;

Tato

Passe a mão nas nádegas e, por fim, sinta se tudo está dentro da normalidade no quesito textura de rabas;

Visão

Aproveitando as nádegas abertas pelas suas mãos, olhe e veja se está tudo bem. Qualquer resto de papel higiênico é sinal para abortar missão (!!!!!);

Paladar

Caso não siga nenhuma das instruções acima, existe a chance de acabar com um gosto amargo na língua.

Tudo ok? Sinal verde para o passo seguinte.

Ilustração por Luiza Formagin/VICE Brasil

3. AI QUE SUSTO

Assim como no sexo, o beijo grego requer preliminares. Meter a língua dentro do rabo de uma vez acaba com toda a magia e mostra que você não entende nada do assunto. Comece brincando com a respiração. Assopre todo o caminho das nádegas bem devagar, faça com que o receptor se arrepie e cada vez mais force a bunda em direção a sua cara. Quando se aproximar do cu, intercale a respiração. Assoprando para esquentar e depois sugando o ar bem devagar para deixar a região mais gelada. Sem medo, circule com a língua por toda a extensão do anel anal. Repita o processo.

4. AVANTE

Sabe quando cai um cisco no olho e a gente não para de piscar? Esse é o ponto para avançar ao passo quatro.

Endureça a língua e, bem devagar, vá introduzindo-a com toda sua plenitude. Sinta o músculo relaxar e não pare até chegar no final. Nesse ponto o receptor já vai te ver como doutorando do cunilíngua. Aproveite e faça o movimento de vai e vem. Vire-o de frente, levante as pernas, repita o movimento. Ouse também experimentar outras posições.

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Dica: dedos também podem ser utilizados quando intercalados com a língua. Tudo pode e deve ser estimulado. Goze (ou faça gozar) como preferir.

5. ENCURRALADO (NÃO SEJA UM CUZÃO)

  • Cu não é mamilo. Simplesmente não morda. (E se o rabo for tão saltado a ponto de ser possível morder é melhor indicar um médico!)
  • Halls é para mau hálito, ou seja, a não ser que esteja curioso para conhecer um peido sabor eucalipto, não aconselho o uso de balinhas e afins. Apesar de eu nunca ter ouvido falar em cu alérgico, a mucosa é sensível e pode apresentar reações adversas.
  • Diferentemente do que se imagina, Nutella não vai bem com tudo. Com exceção dos apreciadores de escatologia (tópico para outro guia), é desaconselhável brincar com qualquer pasta de chocolate. Sim, fica parecendo merda e demora horas para limpar, principalmente se o rabo for peludo.
  • Empatia é a medalha de ouro da modalidade. Lembre-se que este poderia ser o seu cu. Não faça que não gostaria que fizessem com o seu.

E, pra fechar, antes de sair chupando qualquer rabo, lembre-se de que a porta de saída também pode ser a entrada de diversas doenças sexualmente transmissíveis.

PRATIQUE SEXO SEGURO.

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