As 101 Faixas Vitais de 2014 | 50 - 41

Em uma parceria concebida no paraíso da música eletrônica (que fica em algum lugar no Mar do Norte, aparentemente), o Röyksopp cria o pano de fundo ideal para as letras densas da Robyn. O videoclipe é impressionante e só aumenta o impacto, intensificando a emoção e mostrando que esses dois artistas de dance music não fazem só música de pista. -OS

Esta faixa talvez não tivesse recebido muita atenção se não fosse pela participação do Martin Garrix. Mas a parceria aconteceu e "Gold Skies" decolou – e não sem motivo. Existe um jeito melhor de contrariar a impressão de que você é inexperiente do que se juntar com um veterano como o Van Doorn? As partes vocais são bonitas, mas provavelmente desnecessárias, e não está claro o que os caras do DVBBS estão fazendo aqui, mas isso dificilmente importa. É EDM safra 2014 na sua melhor forma. - ZR

Fofinha a ponto de beirar a insanidade, "Pop It" é dois minutos e 50 segundos de vozes infantilizadas, bipes disfuncionais e melodias açucaradas. Um hit garantido entre a galera pós-kawaii (ou entre os fãs do Porter Robinson), esta faixa é a coisa mais próxima que existe de entrar em um jogo de arcade japonês e morar lá por um tempinho. - ML

Se você esteve em um festival ou em uma rave num armazém neste ano, vai reconhecer "I Want U" como aquela faixa que colocava todo mundo em um surto coletivo. Ela nos mostrou que embora a Alison Wonderland seja fofinha e estilosa, ela ainda sabe "causar", como diz a molecada. - ZR

Com sintetizadores brilhantes, uma abundância de sentimento e uma voz robotizada tão escorregadia que poderia deslizar em óleo, "Playing With Fire" rapidamente se tornou aquela faixa grudenta que você não conseguia tirar da cabeça. Isso também provou que ninguém explora a nostalgia dos anos 80 melhor do que este crooner britânico obcecado por talkboxes - cujo som apelidamos, portanto, de "alta breguice". -ML

As contribuições do TNGHT para a dance music, pautadas pela mistura de gêneros, terminaram quase tão logo começaram. Felizmente, os seus dois membros seguiram em carreira solo – e começaram com o pé direito. O cara de Glasgow mais amado do mundo, Hudson Mohawke, mostra que ainda sabe o que fazer com um sample de trompa, em uma faixa colossal que não pareceria deslocada em um filme do Kurosawa. -GH

"Dirty Vibe" foi a maior colaboração entre fronteiras de 2014, com dois dos maiores músicos do dance se juntando com duas das estrelas mais proeminentes da Coreia do Sul. Também contém uma frase inesperada sobre drogas, quando o G-Dragon solta os versos: "I don't pop molly, I run microphones" (em tradução livre, algo como "Eu não tomo bala, meu lance é o microfone"). Com sorte, os agentes alfandegários coreanos, famosos por sua rigorosidade, tomarão nota disso da próxima vez que o G-D voltar para casa via Incheon. -ZR

Famosos no drum and bass, os caras do Sigma fizeram uma boa transição para o pop com esta faixa, de longe o maior hit deles até hoje, e de longe a sua maior mudança de estilo. Qualquer semelhança com a sujeira do breakbeat underground foi limpa com brilho pop, e pronto, todo mundo olhou para eles. Bem, isso foi fácil, hein? - JK

Cantor sueco se junta com DJ sueco para fazer dance-pop escandinavo. As paradas explodem. Não quero parecer cínica, mas essa é uma fórmula que (quase) nunca falha. Como bônus, "Heroes (We Could Be)" também tem uma vibe épica, com cara de hino, nos breakdowns depois do refrão, e um tema de empoderamento populista. Alesso morre no fim do clipe, o que é inesperado – mas quem sabe também um presságio? -ML

Uma harmonia animada e um trompete decoram apropriadamente a maior faixa deste inesperado estreante da costa oeste. Se São Francisco foi tomada pela escória do Vale do Silicio, a ode do Slaptop à demagogia e a cair na noite é um "vá se foder" em nome dos vilipendiados jovens artistas da cidade ainda melhor do que nós poderíamos dizer. -ZM

THUMP Staff: Zel McCarthy, Jemayel Khawaja, Michelle Lhooq, David Garber, Ziad Ramley, Josh Baines, Olyvia Salyer, Gabriel Herrera e Joel Fowler.