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Mukeka Di Rato

Como muitas outras coisas que apareceram em 1995, o Mukeka di Rato é cru, sarcástico, agressivo e grosso. Por quase duas décadas, a banda de hardcore mais reconhecível do Brasil vem lançando um punk malcriado e flamejante de alta octanagem, que ofende...

Como muitas outras coisas que apareceram em 1995, o Mukeka di Rato é cru, sarcástico, agressivo e grosso. Por quase duas décadas, a banda de hardcore mais reconhecível do Brasil vem lançando um punk malcriado e flamejante de alta octanagem, que ofende e agrada ao mesmo tempo.

Apesar de duvidarmos que, há 16 anos, o Mozine, o Brek, o Sandro e o Paulista tenham imaginado que um dia seu pequeno projeto de Vila Velha os levaria em turnês por todo o Brasil, América do Sul, Europa e Japão, é exatamente isso o que aconteceu. Esses roqueiros degenerados devem boa parte desse sucesso a uma equação que eles desenvolveram do seu próprio tipo de “math rock”: sarcasmo, mais linhas de baixo rápidos e vocais grossos, menos cartas de amor e divido por letras simples. Verdadeiros à forma, essa atitude se provou desde Sobrevivência, sua primeira fita demo, até Atletas de Fristo, seu disco de estúdio mais recente, além dos vários CDs, LPs, EPs, coletâneas, DVDs de turnês e clipes de música que trazem na bagagem.

É necessário uma dose cavalar de malcriação para professar que sua própria banda “se juntou para destruir o mundo”, mas o Mukeka di Rato faz isso sem pedir licença, e não tem como ficar bravos com eles. Palavras por Sacha Hecht Para mais Mukeka Di Rato acesse Noisey