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Menino liga pra polícia duas vezes pra deixar claro que odeia salada

Emergências em geral podem ser assustadoras, saladas também.
Foto: Flickr/stu_spivack .

“Quando era criança eu via gente comendo salada e pensava ‘Ela deve estar morrendo ou, ainda pior, se preparando para uma maratona’. Pra mim, comedores de salada nunca pareciam lá muito felizes”, escreveu o comediante Jim Gaffigan em seu livro Food: A Love Story, comentando ainda “Nas raras ocasiões que comi uma saladinha de entrada, senti mais como se estivesse sendo punido por algo e menos como se aquilo fosse uma escolha saudável”.

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Há um garoto de 12 anos em Halifax, no Canadá, que certamente concordaria com o autor, levando o desgosto pela salada de Gaffigan a outro patamar: ligando pra polícia para denunciar a salada horrorosa que seus pais queriam lhe fazer comer.

De acordo com a CBC News, o garoto ligou pra polícia real montada canadense pouco antes das 22h numa terça, relatando a quem quer que estivesse do outro lado da linha que não havia gostado da salada oferecida por seus pais. Ele ligou então uma segunda vez para perguntar quanto tempo levaria para a polícia chegar e para “reforçar o quanto não gostava de salada”.

Os policiais de fato foram à casa do rapazinho naquela noite. Infelizmente para ele, seus pais não foram presos por conta de umas alfaces murchas, mas o jovem teve que ouvir uma longa reprimenda sobre quando se deve ou não ligar pra polícia. Não tem coisa mais triste do que temperar seu jantar com uma lição de moral.

“Por mais que muitos possam se identificar com a ideia de não querer comer salada, este fato levanta uma questão muito mais importante que exige um debate envolvendo todas as idades”, afirmou o cabo da polícia montada Dal Hutchinson em nota oficial. “O uso inadequado da polícia é um problema em todas as faixas etárias e compromete recursos valorosos, impedindo que emergências reais sejam atendidas”.

Hutchinson disse que esta seria uma “lição” para o garoto e não seria aplicada a multa costumeira de $ 697,50 (uns R$ 2.500 na cotação atual) para quem liga para emergência por babaquice. Entre os não-tão-sortudos temos um pai que achou que a polícia deveria saber do corte de cabelo horroroso de seu filho/filha e a pessoa que ligou pra polícia porque faltava carne no seu kebab.

Ainda assim, pré-adolescentes não são os únicos que fazem uso errôneo do telefone para emergências — ao menos não quando o assunto é refeições. Uma mulher de Ohio que denunciou pratos abaixo do esperado em um restaurant chinês já era bem grandinha. Assim como a texana que ligou para relatar a tragédia com seus McNuggets que demoraram demais pra sair e exigia que seu pedido saísse de graça. Temos ainda o caso deste homem na Flórida que ligou diversas vezes para reclamar das porções diminutas que haviam lhe servido num restaurante de frutos do mar. Em fevereiro deste ano, duas delegacias na Inglaterra tiveram que relembrar sua população adulta de que a falta generalizada de frango no KFC não era caso de polícia.

Ainda assim, que bosta comer salada, né?

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